terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Poréns

Então, eu tenho um namorado.
Mas não sei se ele é meu namorado.
Depois de um casamento devastador, arrumar um namorado como ele é complicado de dizer se é benção ou se é karma.
Lindo, lindo de viver, de morrer de amores, de morrer de tesão.
Mora longe bagarai.
Com ele aprendi a gozar, me soltei (não 100%, vai levar uma vida) na cama, fiz coisas inimagináveis, tipo, imagina aí.
Mas é complicado.
Problematiza demais.
Não curte as coisas simples.
Estou com esse apego doentio que me fez me ferrar da outra vez.
Não quero abrir mão, vejo coisa boa, linda nele. Mas vejo também esse lado sombrio que é inacreditável, inconcebível, é muito putaquiupariumente foda pra eu acreditar.
Equilíbrio, preciso de equilíbrio.
Ou prefiro ficar só.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Changes

Eu não estou/ sou mais casada. Meu casamento foi uma página dolorosa da minha vida que eu fiz questão de arrancar e queimar. Sim, sofri em muitos sentidos.
O mais sordido deles, revelo agora, o cidadão não me tocava. E me torturava colocando a culpa em mim.
Por fumar demais, por ter uma vida totalmente desregrada, poderia apontar que esse era o motivo, uma disfunção física qualquer. Mas hoje tenho noção de que mais do que isso, havia uma outra razão mais forte e mal resolvida com ele próprio. Me humilhava para sentir-se melhor. E eu achando, na minha parca fé cristã - resquício do catolicismo infanto-juvenil - que ele iria mudar para melhor algum dia e reconhecer meu valor e beleza descomunal.
Só que no auge dos meus passados e ultrapassados 112kgs quem decidiu mudar fui eu. Daquele mato não saia cachorro. O amor que eu tanto busquei, ainda que negasse, a vida inteira, vindo de outro ser humano, nunca esteve ali. Foi dificil, tudo foi dificil, a aceitação, a auto-aceitação, mastigar tanta dor e digerir tanta mágoa, tomar coragem, largar os e se... parar de achar que iria morrer de solidão, foi tudo um processo muito demorado. Mas aconteceu. Se ainda estou em processo, ok. Mas de qualquer forma, o pior de tudo, aquele casamento falso e fracassado é passado.
Ainda tenho que me afirmar enquanto ser humano independente e pensante. Muito de mim ainda quer que o mundo acabe em barranco para eu morrer encostada. Mas grande parte de mim, a maior parte, a phoenix, quer a vastidão do mundo, as boas sensações, a liberdade, a felicidade e quer sim, é competente, para arcar com tudo o que isso implica: responsabilidade, disciplina, fidelidade aos meus sentimentos.
O que estou sentindo agora?
Como quero me sentir?

Eu quero viver.
Eu quero ser saudável e linda!
Quero um corpo de violão e uma pele de seda.
Quero ser rica e feliz.
Não é pecado ser feliz.
Não é pecado desejar o bom da vida.
Acho que pecado é aceitar que o desconforto é nossa cruz e não fazer nada para mudar.
Que Deus me livre da estagnação, de gente chata e invejosa, e cubra minha vida de proteção e felicidade.
Amém!!!

Sigamos em frente.

Como estou hoje?
Divorciada, trabalhando e vivendo. Amando meus gatos. Minha vida! Me amando como a mulher linda e merecedora que sou!
A cada dia tentando ser melhor.
Sem pressões. Tudo flui positivamente.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Eu agora vivo na praia, literalmente!
A praia mais linda e famosa do mundo.
E eu vou ser a diva daquelas areias.
Ah, se vou!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Tanta coisa mudou...
Não estou mais casada com um terceiro. Estou casada comigo mesma.
Me redescobri.
Tomei as decisões mais difíceis da minha vida, que foram as melhores: me separar de um ser que não me respeitou um momento sequer, nem nos momentos iniciais de um relacionamento doente, tampouco no final.
Conheci outras pessoas, e outra pessoa em especial - um ser intergalático, um quebra-cabeça, que me mostrou o que é ejaculação feminina.
Apanhei - literalmente. Parece que aquela musica da fera ferida foi feita pensando em mim:
Escapei com vida!
Tive as roupas e os sonhos rasgados na minha saída. Saí ferida, sufocando meu gemido. E tentando lidar com tudo da forma mais otimista possível - e com doses cavalares de remédio para dormir e ansiolíticos.
Depois, resolvi acordar e enfrentar a operação sem anestesia. Tomar as redeas da minha vida, ser responsável pela minha felicidade.
O que posso dizer eh que nada melhor que isso. Tão bom que as vezes acho que estou em cartase.
Estou.
Epifânica!
Livre.
Comigo mesma.
Solitária sempre estive, mas aquela tal solidão acompanhada nunca mais.
Hoje vivo só, com minhas duas panteras e sou muito feliz! Sou mais feliz do que jamais fui e sei que o melhor está por vir.
Otimista incurável.
Um pouco louca e ressabiada como minhas panterinhas.
Mas gente boa.
Curtindo este momento tão meu.
Me soltem!
Estou solta na vida! Estou viva.
Estou vivendo a minha solidão e descobrindo quem eu sou e o que quero. E o que não quero: me deixar levar ou viver mais ou menos. Quero viver intensamente.
Esta confuso. Essa é minha mente.
Minha ordem é caótica mesmo.
Fim!

Fim nada!!!
Muita coisa ainda vai mudar. Para muito melhor!